Número Trinta e Um (parte três)

Quinta-feira, uma noite fantástica, mais uma noite fantástica, sei lá. Eu saí com o número trinta e um mais uma vez e jurei que não seria um idiota, não mais uma vez. E esperava que ele também não. E a verdade é que no sexo nenhum de nós fomos, tanto que comecei o texto dizendo que a noite foi FANTÁSTICA.

Saimos pouco depois de meia noite, fomos, como sempre, direto para um motel. Passamos horas nos pegando. Com um tesão que parecia não acabar nunca. Ele chupava meu pau, parecia que ia dar pra mim e falava que não gostava, me provocava com a bunda perfeita que tinha e com o tesão que conseguia me dar. E eu por outro lado chupava o pau dele sem me preocupar com nada, sem me preocupar se ele gostava, simplesmente chupando como eu queria e tendo a certeza que aquela era a melhor chupada que eu fazia nele. Se não para ele, ao menos para mim. Era uma chupada com um sentimento, de raiva, de prazer e de liberdade. Queria que ele fosse pro inferno se não gostasse, eu só queria chupar, como se fosse a primeira e última vez. 

Mais uma vez a nota foi dez, o tesão foi imenso, a intimidade, mesmo sem nenhuma foi enorme, hedonismo era a palavra, tinhamos tesão em tudo, até mesmo nas graças que faziamos, ou assim foi para mim e pareceu ser para ele.

Depois de um bom tempo brincando eu dei para ele, não me senti tão bem, foi no lugar errado, incomodou, sei lá o que foi, mas logo quando começou eu sabia que a penetração seria rápida. Só não esperava o que aconteceu. Pedi para ele meter mais e mais forte e logo falei que ia gozar, sem tocar meu pau e ele falou que já ia gozar também. Gozamos os dois, ele metendo e eu simplesmente dando para ele.

Depois disso ainda ficamos um tempo deitados, nos beijando, abraçados, parecendo dois namorados, coisa que ele havia falado em um momento anterior, em uma das pausas entre as chupações e o começo de qualquer penetração, quando nos deitamos um de frente pro outro e foi um, só um pouco romântico demais. Depois fomos tomar banho para ir embora.

Eu disse que estava com fome e perguntei se ele não queria comer, ele ficou meio assim, passamos onde eu queria e estava um pouco cheio, com todo meu clima paz e amor disse que não precisava parar, que pegaria o carro e voltaria e que sabia que ele estava cansado e queria ir embora, ele disse que queria parar e tudo, que achava chato me deixar voltar só, mas terminou dizendo que realmente iria demorar, me deixou em casa e foi embora, ainda me mandando mensagem depois de alguns minutos pedindo mais desculpas. Na hora que ele não se importou e foi para casa tive certeza que para ele realmente não era nada mais que sexo apesar das mensagens me confundirem um pouco.

Ainda mantive a calma e resolvi me humilhar um pouco mais, na última mensagem mandei, não importa, ia demorar mesmo, mas de qualquer jeito hoje foi MUITO, MUITO bom. Ele respondeu - sim, foi muiiiito bom, muito massa! - esta palavra, massa, foi um banho de água frio, quem raios fala massa?

Hoje cheguei no trabalho e fui encorajado por uma colega, que até pode conhecer o blog e a identidade deste anônimo a mandar uma mensagem ao cara (provavelmente porque não usei a tal palavra massa), já que sairiamos (eu e ela) mais tarde. Levei um belo fora, ele disse que tinha um aniversário e sem mais papo.

Saimos, bebemos, comemos, conversamos e um dos últimos assuntos foi o dito cujo, ela dizendo que eu estava muito a fim do cara, que até meu olhar dizia. Não acho que estou, o sexo foi fantástico, sim, mas eu sabia o que era. De qualquer forma quero um namorado, ele é um cara que apesar de saber de tudo eu tentaria e resolvi jogar, mesmo sabendo ser ridículo. Mandei uma mensagem que já estava em casa e dizendo que estava pensando em ir pra próxima (festa), ele respondeu: que fofo(?), a festa está ótima, já estou quase indo para casa. Foi minha deixa, joguei todas as cartas. Disse que estava ficando a fim dele, que isto para dois céticos era uma merda. Não tive respostas. Em alguns minutos apaguei seu telefone e espero não ter respostas, não ter recaidas e nem saber se o que tive foi uma queda por ele ou se é o que prefiro pensar, manipulação pura e crua de minha parte para saber até onde ele chegaria.

Sem mais sentimentalismos bobos e baratos, sexo, puro e duro, este é o caminho, isto é no que sou bom. Sem mais. In the end I´m a player and a skeptic (or at least this is what I want to be(lieve) and that´s what i will be!)